A parábola do Filho Pródigo (Lucas 15) - Parte 2
"Poucos dias depois, ajuntando todos os seus haveres, o filho mais jovem partiu para uma região longínqua [...]"
"Poucos dias depois, ajuntando todos os seus haveres, o filho mais jovem partiu para uma região longínqua [...]"
Partir para uma região longínqua significa muito mais do que o desejo de um jovem de ver o mundo. É uma quebra drástica na maneira de viver. Uma total rejeição aos valores que fora lhe passados por seu pai ao longo dos anos.Essa região longínqua é um mundo onde os ensinamentos do Pai são descartados, de modo que a libertinagem se torne o único fundamento nas ações daí por diante.
Olhando nosso interior podemos não perceber presente em nós o filho mais jovem, pois não nos consideramos capazes de rejeitar o amor de um Pai, de deixar nossa casa ou de trair nossas heranças. Mas no fundo do nosso ser, muitas vezes de forma sutil ou drástica , preferimos a região longínqua à morada tão perto.
Falo do "deixar a casa espiritual", distinto do simples fato de deixar nossa cidade e nossa casa, mesmo que isso também possa favorecer.
Olhando nosso interior podemos não perceber presente em nós o filho mais jovem, pois não nos consideramos capazes de rejeitar o amor de um Pai, de deixar nossa casa ou de trair nossas heranças. Mas no fundo do nosso ser, muitas vezes de forma sutil ou drástica , preferimos a região longínqua à morada tão perto.
Falo do "deixar a casa espiritual", distinto do simples fato de deixar nossa cidade e nossa casa, mesmo que isso também possa favorecer.
A parábola do filho pródigo é a história do Evangelho que retrata o Pai Misericordioso. Diz NOUWEN em seu livro:
"E quando me coloco nessa história sob a luz do Amor de Deus, fica tudo claro que deixar a casa está muito mais próximo de minha vivência espiritual do que eu poderia pensar."
Portanto, deixar a casa é muito mais do que um acontecimento histórico preso a tempo e lugar. É negar a realidade de que pertenço a Deus com todo meu ser, que vim Dele e só a Ele poderei voltar. Deixar a casa é viver como se eu ainda não possuísse um lar e precisasse procurar por muito tempo, por muitos lugares até encontrá-lo.
Essa casa é o centro do meu ser, onde posso ouvir a voz que me diz: "Você é meu filho amado, sobre você ponho todo o meu carinho". O lugar onde Deus escolheu morar, o amor eterno, que nos falou, nos fala e sempre nos falará, mas que só se torna afeto quando é ouvida. E quando ouvimos essa voz temos certeza de que estamos em casa, e Nele, "ainda que eu caminhe por um vale tenebroso, nenhum mal temerei." (Sl 23, 4)
Essa casa é o centro do meu ser, onde posso ouvir a voz que me diz: "Você é meu filho amado, sobre você ponho todo o meu carinho". O lugar onde Deus escolheu morar, o amor eterno, que nos falou, nos fala e sempre nos falará, mas que só se torna afeto quando é ouvida. E quando ouvimos essa voz temos certeza de que estamos em casa, e Nele, "ainda que eu caminhe por um vale tenebroso, nenhum mal temerei." (Sl 23, 4)
continua ...
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