Parábola do filho pródigo (Lucas 15) Parte 1
"Havia um homem que tinha dois filhos.O mais jovem disse ao Pai: Pai, dá-me a parte da herança que me cabe. E o Pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, ajuntando todos os seus haveres, o filho mais jovem partiu para uma região longínqua e ali dissipou sua herança numa vida devassa".
Ao estudarmos o filho pródigo focamos nossas atenções no clímax fervoroso da sua volta à casa, mas nos esquecemos que, antes de um retorno, sempre há uma partida. Entre as linhas da felicidade referente à volta encontra-se a imensa tristeza da partida.
Diz HENRI J. M. NOUWEN em seu livro "A Volta do Filho Pródigo":
"Havia um homem que tinha dois filhos.O mais jovem disse ao Pai: Pai, dá-me a parte da herança que me cabe. E o Pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, ajuntando todos os seus haveres, o filho mais jovem partiu para uma região longínqua e ali dissipou sua herança numa vida devassa".
Ao estudarmos o filho pródigo focamos nossas atenções no clímax fervoroso da sua volta à casa, mas nos esquecemos que, antes de um retorno, sempre há uma partida. Entre as linhas da felicidade referente à volta encontra-se a imensa tristeza da partida.
Diz HENRI J. M. NOUWEN em seu livro "A Volta do Filho Pródigo":
"O achar tem atrás de si o perder, o regressar abriga sob seu manto a partida. Olhando para a volta carinhosa e cheia de alegria tento pensar no gosto dos acontecimentos tristes que o precederam. Só quando me atrevo a me aprofundar no que significa deixar a casa posso entender realmente a volta".
Olhando para o que NOUWEN escreveu e levando em conta o trecho da parábola que diz: "Quantos empregados de meu Pai têm pão com fartura", podemos entender o tamanho da ingratidão do filho para com o próprio Pai. Se os próprios empregados de seu Pai tinham pão com fartura, quão farta era então a vida de seus filhos? Se a bondade do Pai para com seus empregados era de tamanha profundidade, quão afável e misericordioso ele não era para com seus filhos? Mas mesmo assim ele não se atentou às coisas que tinha em casa, e, pedindo a herança, ele vai embora viver os prazeres temporários que o mundo lhe oferece.
Em um livro de KENNETH BAILEY ele faz uma pesquisa durante 5 anos perguntando para pessoas de diferentes camadas sociais do Marrocos à Índia e da Turquia ao Sudão sobre o pedido do filho mais novo ao Pai. O diálogo segundo BAILEY era sempre assim:
- Alguém na sua cidade já fez um pedido assim?
- Nunca!
- Seria possível alguém fazer um pedido semelhante?
- Impossível.
- Se alguém fizesse isso, o que aconteceria?
- Certamente seu Pai o espancaria!
- Por quê?
- O pedido significa: ele quer que o Pai morra.
Em um livro de KENNETH BAILEY ele faz uma pesquisa durante 5 anos perguntando para pessoas de diferentes camadas sociais do Marrocos à Índia e da Turquia ao Sudão sobre o pedido do filho mais novo ao Pai. O diálogo segundo BAILEY era sempre assim:
- Alguém na sua cidade já fez um pedido assim?
- Nunca!
- Seria possível alguém fazer um pedido semelhante?
- Impossível.
- Se alguém fizesse isso, o que aconteceria?
- Certamente seu Pai o espancaria!
- Por quê?
- O pedido significa: ele quer que o Pai morra.
Uma herança só é passada ao filho quando o Pai morre, portanto podemos ver, de forma clara, que o filho nos expõe a ideia de que ele não tem seus direitos até que seu Pai morra, ou seja, durante a vida de seu Pai ele não terá sua "liberdade", e fazendo o pedido ele assume a identidade de quem diz: Pai, enquanto você vive não posso ser feliz, mas não posso esperar que você morra.
A partida do filho é, portanto, algo muito mais grave do que aparenta. É um ato de rejeição cruel à sua filiação, à suas tradições e à suas primícias espirituais. Deixar a casa do Pai é renegar o amor gratuito e atentar-se ao que não vem do eterno.
A partida do filho é, portanto, algo muito mais grave do que aparenta. É um ato de rejeição cruel à sua filiação, à suas tradições e à suas primícias espirituais. Deixar a casa do Pai é renegar o amor gratuito e atentar-se ao que não vem do eterno.
continua ...
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